terça-feira, 4 de setembro de 2012

Pimenta contra pernilongo - Aedes aegypti


Os pesquisadores brasileiros estudaram compostos extraídos da planta Piper aduncum, conhecida popularmente como pimenta longa ou pimenta-de-macaco.[Imagem: Wikipedia/João Medeiros]



Pedro Rauel Cândido Domingos e Miriam Silva Rafael, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), descobriram que uma planta pode ser uma arma natural contra o pernilongo transmissor da dengue.

Os pesquisadores estudaram compostos extraídos da planta Piper aduncum, conhecida popularmente como pimenta longa ou pimenta-de-macaco, aplicando-os no controle das larvas do mosquito Aedes aegypti.

Um componente natural de defesa da Piper aduncum, o dilapiol, é extraído do óleo essencial dessa planta, como também de outras espécies vegetais.

Dilapiol

"Dentre outras (plantas) já testadas em outros mosquitos, essa foi uma das que teve maior efeito sobre mortalidade," explica Míriam.

O dilapiol é um componente do sistema de defesa da Piper aduncum, podendo ser utilizado como biodefensivo agrícola - combate aos insetos que consomem ou transmitem doenças aos plantios agrícolas - ou, ainda, para controle de vetores de doenças de grande importância epidemiológica, como a dengue.

A pesquisa detectou efeitos da aplicação dos derivados do dilapiol nas larvas dos mosquitos em níveis genéticos, ou seja, no DNA dos mosquitos observados, mediante más formações nos cromossomos.

"À medida que as gerações se sucederam, a quantidade de células defeituosas aumentou tanto entre as células germinativas - células envolvidas na reprodução - quanto nas somáticas - demais células do corpo," conta a pesquisadora.

Inseticida natural

Pedro explica que as larvas de A. aegypti foram expostas por quatro horas "para avaliar a genotoxicidade desses compostos nessas larvas e, posteriormente, em fêmeas adultas e, para avaliar a atividade ovicida, larvicida e estabelecer as concentrações letais, em ovos e larvas foram expostos por mais 24h".

Esses resultados são vantajosos em relação a outros métodos convencionais de combate ao mosquito da dengue, com inseticidas sintéticos em altas concentrações e em longos períodos de exposição.

Essa nova alternativa poderá minimizar a utilização de inseticidas sintéticos nas ações de controle e, consequentemente, o seu acúmulo no meio ambiente.

Fonte Diário da Saúde
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